Frutas no combate a síndrome metabólica


Os benefícios de uma dieta balanceada já são bastante conhecidos. Indivíduos que mantêm hábitos alimentares saudáveis, como um cardápio sem exageros, com frutas, verduras, legumes e grãos integrais, têm mais facilidade na manutenção do peso corporal, além de apresentarem níveis mais controlados de glicose, colesterol, triglicerídeos e pressão arterial.

Recentemente, alguns estudos divulgados nessa área têm revelado a importância das frutas no processo de manutenção da saúde. Segundo pesquisadores do Texas Research AgriLife, nos Estados Unidos, entre as cinco porções diferentes de frutas que devem ser consumidas todos os dias, o pêssego, a nectarina e a ameixa merecem destaque por sua ação antioxidante. De acordo com esse estudo, os compostos presentes nessas frutas são benéficos para processos inflamatórios, ossos, diabetes tipo 2 e obesidade, bem como para redução da oxidação do colesterol ruim (lipoproteína de baixa densidade [LDL]), geralmente relacionado com doenças cardiovasculares. Os principais grupos fenólicos encontrados nessas frutas são capazes de agir nos tecidos adiposo, vascular e conjuntivo, o que configura a amplitude de ação e torna esses alimentos especialmente interessantes para pacientes com síndrome metabólica. Os pesquisadores pretendem continuar com os testes em laboratório, uma vez que procuram definir a quantidade diária recomendada dessas frutas para garantir seus benefícios no combate a doenças.

Entenda melhor a síndrome metabólica

A síndrome metabólica se caracteriza pela associação de diferentes fatores de risco para doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral [AVC]), diabetes e doença vascular periférica. Conhecida como uma síndrome da civilização moderna, ela ganhou esse status por estar intimamente relacionada com obesidade, fruto de uma cultura com base em alimentação inadequada e sedentarismo.

A síndrome metabólica se manifesta na idade adulta e aumenta com o envelhecimento. Por isso, o número de casos na faixa dos 50 anos de idade é duas vezes maior do que aos 30, por exemplo. Como os seus componentes praticamente não provocam sintomas, ela pode ser considerada uma inimiga oculta.

Dieta e atividade física estão entre as primeiras e principais medidas de combate a essa síndrome, mas é fundamental uma avaliação médica para determinar a necessidade do uso de medicações específicas.

 

Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039RJ)
Jornalista responsável: Roberto Maggessi (31.250 RJ)